A antiga e intensa política de ocupação dizimou a população
indígena.
Todavia, as populações desta etnia ainda mantém fortes indícios de
unidade linguística e cultural, desenvolvendo sempre formas estratégicas
relacionais diante das realidades nacionais com as quais são obrigados a
conviver.
As populações guaranis contemporâneas vivem em pequenas
reservas, acampamentos à beira de rodovias ou habitam, ainda, espaços
geograficamente isolados. Suas principais atividades econômicas são a confecção
e a venda de artesanato - cestaria com taquara e cipó, estátuas em madeira e
colares com sementes nativas - a coleta de raízes, ervas e frutos silvestres e
o plantio de suas sementes tradicionais.
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"As tribos Tupis-guaranis são representadas na cor laranja (Nº29)" |
Apesar da baixa populacional (comparada ao momento do
contato), com exceção das áreas localizadas nos atuais estados do Uruguai e no
centro da Argentina, onde não existem mais, os guaranis seguem mantendo a
configuração de seus territórios no período colonial. A despeito do processo de
extermínio que sofreram, estas populações vêm se recuperando demograficamente,
constituindo uma das minorias que, invisibilizadas nos diversos contextos em
que se encontram, têm de lidar com o problema do aumento demográfico nos
regimes de confinamento impostos pelos estados nacionais.
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